A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China atingiu níveis sem precedentes, com a imposição de tarifas recíprocas que estão desequilibrando o equilíbrio econômico global. Recentemente, a China aumentou as tarifas sobre produtos americanos para 50%, enquanto o presidente Trump suspendeu temporariamente as tarifas por três meses, enquanto tentava negociar com outras nações. Este cenário está gerando forte volatilidade nos mercados financeiros e influenciando profundamente os mercados.
Mercados de ações: os principais mercados de ações do mundo estão ando por flutuações significativas. Os índices asiáticos e europeus caíram acentuadamente de suas altas, na janela de 1 mês caem respectivamente 8,68% e 10,56%. Do lado oeste do Oceano Atlantico o índice de referência S&P500 cai 8,81% na janela de 1 mes, mas acumula uma queda de 9,15% no ano.
Commodities: Os preços do petróleo e dos metais preciosos mostram volatilidade, com oscilações refletindo o nervosismo global. O ouro, considerado um porto seguro, está ganhando terreno, ultraando a marca de US$ 3.000.
Setores econômicos: Setores como tecnologia e agricultura são particularmente afetados, com restrições às exportações e aumento dos custos de produção.
A guerra comercial não poderia deixar de afetar também as principais moedas do mundo.
Dólar americano (USD): O dólar está sob pressão devido à incerteza econômica e aos temores de recessão nos Estados Unidos. O Federal Reserve pode ser forçado a cortar ainda mais as taxas de juros. Yuan chinês (CNY): O yuan está sob pressão, com o risco de uma diminuição nas exportações para os EUA e uma desaceleração no crescimento econômico chinês. Moedas de refúgio: O franco suíço (CHF) e o iene japonês (JPY) estão ganhando terreno à medida que os investidores buscam estabilidade em meio à volatilidade global. Moedas de commodities: O dólar australiano (AUD) e o dólar canadense (CAD) podem ser afetados negativamente pelas flutuações no comércio internacional.
O que todos os investidores estão esperando nesse momento é uma desescalada na guerra comercial entre Trump e Xi Jinping, bem como uma normalização no mercado de bonds que ligou uma luz vermelha no de todos os investidores.
A expectativa é que os dados econômicos dos EUA comecem a vir desacelerando a atividade o que dará munição para o FED cortar as taxas básicas de juros com maior amplitude esse ano. No momento a FedWatch trabalha com um corte de juros em Junho, e mais 3 no decorrer do ano.

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