De volta aos 130mil, será que sustenta?

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O Brasil se encontra em um cenário econômico desafiador, com o aumento significativo da taxa de juros em um curto intervalo de tempo, o que deverá levar a uma desaceleração econômica em 2025. Embora não se configure uma recessão técnica, o ritmo de crescimento observado em 2024 será interrompido, refletindo uma mudança brusca nas expectativas para o futuro próximo. A inflação, especialmente no setor de serviços, deve continuar pressionando, o que coloca o Banco Central diante de um grande desafio: controlar a alta dos preços sem sufocar o crescimento da economia.

A desaceleração econômica também tende a resultar em aumento da taxa de desemprego, ainda que em patamares não suficientemente elevados para não gerar pressões inflacionárias. A situação fiscal do país permanece delicada, e a falta de comprometimento com uma trajetória fiscal responsável preocupa investidores e agentes econômicos. A expectativa é que o Banco Central mantenha uma postura cautelosa, evitando cortes drásticos na taxa Selic, dado o cenário inflacionário persistente.
Em 2025, o Banco Central enfrentará um dilema complexo: combater a inflação sem comprometer ainda mais o crescimento econômico. Esse ambiente pode levar a uma maior volatilidade nos mercados financeiros, com o mercado de ações reagindo à menor confiança dos consumidores e a uma economia em desaceleração.

Com relação ao gráfico Ibovespa, apresenta uma resistência importante em 130.000 pontos, com um e relevante em 123.655 pontos. A expectativa é de que o índice possa ar por uma correção mais acentuada caso perca esse nível de e. Nesse contexto, o mercado tende a se mover lateralmente, entre as regiões de retração de Fibonacci, que variam entre 130.300 e 125.640 pontos. Além disso, as médias móveis de 200 e 20 períodos sinalizam esses patamares como pontos chave para monitorar os próximos movimentos do ativo no curto prazo.

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